Quando se fala em arte e cultura, principalmente relacionado a incentivos e políticas públicas, nem sempre os resultados são tão positivos. Na verdade, é comum uma cultura do não-investimento para com esse setor. Não estou generalizando, contudo, é mais fácil ouvirmos falar da falta do que do inverso.
Em 2017, o Ministério da Cultura havia lançado os dois primeiros volumes do Atlas Econômico da Cultura Brasileira, no qual visava estabelecer um panorama para medir a participação e contribuição do setor no Produto Interno Bruto (PIB) do país. Nele, mostrou-se que a cultura representava, em 2010, cerca de 4% do PIB anual brasileiro. Isso, com o pouco investimento e incentivo que o segmento recebia na época. Imagina aí quais seriam os números caso a cultura recebesse o que ela de fato merece?
Apesar desse cenário de precariedade, quando algumx artista ou grupo é beneficiado, isso é motivo, sim, de alegria. Entenda-me: não de contentamento, mas não deixa de ser uma vitória. E é nesse sentido que falo sobre a Cia. A Máscara de Teatro, grupo da cidade de Mossoró-RN, que teve um terreno doado pela Prefeitura Municipal para construir a sede própria do grupo. Foi através do Projeto de Lei do Executivo da data 12/12/2019, aprovado pelo Legislativo no mesmo ano, que esse feito foi possível.
Com o espaço reconhecido e legitimado, o próximo passo é a estruturação do local. Sem recurso para isso, o jeito está sendo recorrer a parcerias, patrocínios, doações e colaborações em geral, seja com uma tinta ou até com as próprias mãos de quem for. E toda a população mossoroense pode ajudar.
O Blog Reticências Culturais foi até a sede, localizada na rua Antônio Vieira de Sá, nº 156, no bairro Nova Betânia, para conversar com Luciana Duarte e Jeyzon Leonardo, atriz e ator, respectivamente, da Cia. A Máscara de Teatro, para saber como está o processo de construção da obra e como as pessoas podem ajudar.
A Cia. A Máscara de Teatro existe desde 1999 e conta com uma trajetória cheia de experiências e aventuras teatrais vividas não só em Mossoró, mas também, em todo o país. Com uma lista de grandes espetáculos, como Medeia (2007), Viagem Aos Campos de Alfenim (2014), Dois (2015) e A Farsa (2018), o grupo mossoroense já tinha ocupado outros espaços como a casa de espetáculos da Companhia, mas nunca antes a sede própria. Até agora.
O terreno já está sendo usado quase diariamente como base para a Cia. para pesquisas e encontros de laboratórios teatrais, como oficinas e ensaios. No entanto, debaixo de Sol e chuva. Aos poucos, o lugar vai se formando.
Hoje, uma baita equipe de profissionais e incentivadores da arte e da cultura mossoroense já está trabalhando em prol da construção: engenheires, atores, atrizes, bailarines, jornalistas, artistas plásticos, entre outros. Já existe a arquitetura do que pode vir a ser a Casa dA Máscara, mas até lá, o caminho é longo e árduo. E a gente sabe que um processo como esse não é nada fácil. Por isso, o convite àqueles que podem colaborar de alguma forma. E pode ser você, carx leitorx.
Se interessou na causa? Então, dê só uma olhada na vídeo-reportagem que o Blog Reticências Culturais fez para você.
Aproveitem…
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